O aprimoramento do olhar é um exercício lento, que só acontece se nos dedicarmos ao desenvolvimento da nossa percepção e de nossa visão de mundo.
Tratando-se de Arte, por exemplo, o interesse do expectador é fundamental para uma leitura sensível e o desejo de reconhecimento o desperta cada vez mais para novas experiências o que torna seu olhar cada vez mais aguçado.
É a partir do aprimoramento do olhar que podemos reconhecer, diferenciar e desenvolver uma crítica pessoal ao universo de imagens a que somos submetidos ou estimulados diariamente. Esse reconhecimento quase sempre nos leva a algo já visto e visitado e que chamamos de memória visual.
Para o artista, que, consciente ou inconscientemente, erudito ou popular, abstrato ou figurativo, recriando imagens com traços e cores a seu modo e em seu tempo, a memória visual, afetiva e cultural contidas na sua obra estão sempre perceptíveis para um olhar mais atento.
Caminhando pela História da Arte podemos perceber que, em todos os tempos e estilos, esse artista, que registra artisticamente sua experiência de vida, lança mão das descobertas e experiências de seus antepassados. É o somatório de vários e preciosos legados que vai abrindo caminho para essa ciranda artística que hoje, se chama Arte Contemporânea e que um dia será chamada de Antiga.
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